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domenica 20 gennaio 2008

La nouvelle Bibliothèque nationale de France




Terão sido necessários menos de dez anos para a Biblioteca Nacional ganhar uma nova cara. Simbolizando livros abertos, suas quatro torres de vidro e aço – de 60 metros de altura – erguem-se hoje às margens do Sena, em Tolblac, no sudeste de Paris. Formalmente inaugurada em março passado, a BNF, que reunirá o essencial do patrimônio da França – ou 12 milhões de volumes e 300.000 coleções de periódicos em 400 km de prateleiras – será aberta ao grande público e aos pesquisadores no início de 1997.
Em 14 de julho de 1988 o Presidente François Mitterrand anunciou "a construção e organização de uma das ou a maior e mais moderna biblioteca do mundo". Em 1993, depois de vários anos de discussões e polêmicas - intelectuais, arquiteturais e políticas -, enquanto a construção do grosso da obra chegava ao fim, chegou-se finalmente a uma conclusão sobre a organização e as finalidades da antiga Biblioteca Nacional (B.N.), que se tornou depois a Biblioteca Nacional da França (B.N.E).
Tradicionalmente considera-se as origens dessa biblioteca como remontando ao ano de 1368, com a instalação da livraria do rei Carlos V na torre da falcoaria do Louvre. Mas o verdadeiro fundador será Luis Xl, no final do século XV, e o inovador Francisco I, que criará em 1537 o "depósito legal", tornando obrigatório para os impressores enviar à livraria real um exemplar de tudo o que imprimirem. Para a maior glória de Luis XIV, seu ministro Colbert passará a ser o encarregado do abastecimento dessa biblioteca e a instalará no bairro que ela vinha ocupando até agora, na rua de Richelieu, no centro de Paris. Durante a Revolução, a biblioteca do rei passará a ser a biblioteca da nação e será enriquecida com coleções confiscadas dos príncipes, dos que emigraram e do clero: 250.000 livros, 14.000 manuscritos e 85.000 estampas.
Magistralmente transformados no século XIX, na época de Napoleão III, pelo arquiteto Labrouste, os edifícios da rua de Richelieu revelarão um século mais tarde a incapacidade de enfrentar a explosão da produção impressa e a demanda de público: de 97.000 em 1945, o número de estudantes passou para mais de dois milhões, dos quais 26% só na região de Paris. Esses edifícios serão reestruturados para abrigar uma parte das coleções da antiga B.N.: manuscritos, estampas, fotografias, mapas, partituras musicais, moedas, medalhas antigas e artes do espetáculo, enquanto que os livros (12 milhões de volumes), impressos (300.000 coleções) e a parte de audiovisual serão alojados nas torres de Tolbiac, concebidas pelo arquiteto Dominique Perrault.
Em dois andares diferentes, as sa]as de leitura darão para um hectare de bosque de pinheiros, bétulas e carvalhos adultos vindos das florestas da Normandia, ao qual ninguém terá acesso. O "alto do jardim" (1.650 lugares, contra 400 na antiga biblioteca nacional) será reservado ao grande público que terá um acesso direto, desde a inauguração, a 400.000 volumes, e mais tarde 800.000. Ele poderá receber entre 3.000 e 5.000 leitores por dia e mais de um milhão por ano. No piso "do jardim", mais de 2.000 lugares serão destinados aos pesquisadores que poderão reservá-los com antecedência e encomendar à distância os documentos que quiserem consultar.
Jean-Louis Arnaud



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